segunda-feira, 24 de maio de 2010

Premonição, ou palpite infeliz mesmo.



"Ela é fundamental. Ser máquina, despida de emoções.
Arrancar de dentro sentimentos e atirá-los ao lixo.
Liberar-se dos empecilhos.
Não se comover com o choro, a dor e a tristeza alheias
A dor do outro é do outro, não pode penetrar em você, te algemar."
(Impiedade - Inácio de Loyola Brandão)
“Entretanto, o verdadeiro poeta está à mercê de seu tempo – sujeito a ele, servil, é dele o mais humilde criado. Está atado a seu tempo por uma corrente curta e indestrutível ( ... ) Sim, não fora certo sabor ridículo diria simplesmente: o poeta é o cão do seu tempo. Elias Canetti.”



Percorro meus papéis antigos em busca de uma pasta de documentos (que aliás não encontro), quando dou de cara com um autógrafo do escritor Inácio de Loyola Brandão, na capa de minha antiga pasta de poemas (nos idos de 1980 todos cabiam em uma pasta). Fiquei tão feliz em achar aquele pedaço de meu passado que até esqueci a frustração de não encontrar meus documentos, perdidos no caos cotidiano que se tornaram meus papéis.

Já tinha me esquecido deste quase vaticínio que pacientemente, um já bem consagrado escritor, escreveu para uma pessoa muito jovem e inexperiente dos caminhos e dos tombos que a vida lhe daria. Não lhe mostrei nenhum de meus poemas da época (ainda bem), mas assim mesmo quando lhe afirmei com tanta categoria que era um poeta (que petulância a minha), olhou bem em meus olhos e escreveu:

Edson,

Vá em frente,
Firme.
Poeta é herói.
Herói nada,
É batalhador,

Abraço

Inácio de Loyola Brandão

2.10.80

É muito interessante, pois esta data é muito emblemática, exatos dois anos depois, no dia dois de outubro de mil novecentos e oitenta e dois, nasceria minha filha, com a minha colega de escola que na ocasião me acompanhava (a perdi a caminho de casa, longa história, depois nos achamos e tantas vezes, que nossas vidas se entrelaçaram) .

A prefeitura de Santo André, em outubro de 1980, organizou uma série de palestras com escritores, fomos levados por uma professora de português do colegial, que também era escritora, Katsuko Shishido. Um dos motes do círculo de eventos era justamente a produção e a criação literária, a confecção de um livro. A palestra com o Inácio de Loyola foi uma das mais interessantes, pois se tratou da questão da opção de uma pessoa pela literatura, e dos caminhos que teriam que ser desenvolvidos. É engraçado que muito do que falo hoje, em palestras para jovens estudantes ou aspirantes à escritores, ouvi naquela noite, sobre dedicação ao seu trabalho, cuidado, e ser teimoso mais que perseverante, de dar horas do dia para o seu livro, que é um caminho espinhoso e que pouco retorno nos dá, mas que é muito prazeroso em certos momentos. Escrever para mim, há muito transcendeu o universo de uma possível profissão, é tão importante como respirar, preciso de palavras nas veias na mesma proporção que o oxigênio.

Palavras muito interessantes, me foram presenteadas, que embora tragam em si um certo peso, pois poesia é mesmo um fardo muito pesado, estimulam um jovem totalmente desconhecido e petulante (é preciso muita crista para se afirmar poeta assim, sem mais nem menos), a continuar escrevendo, hoje é muito comum vermos escritores consagrados praticamente agredindo, qualquer jovem escritor que dele se aproxima. São palavras generosas, que me ajudaram em um momento de muitas dúvidas, creio que quando temos dezoito anos, só temos dúvidas. Atualmente vivo uma dicotomia, pois já não tenho mais dúvida alguma, cheguei naquele momento de ter todas as respostas, mas não tenho certeza de nada. De repente, não ter dúvidas, não significa em nada ter certeza de coisa qualquer.

Da minha pasta de poemas originais, restam muito poucas semelhanças, do poeta e da poesia. Não trago mais quase nada da arrogância do rapaz de dezoito anos, que tinha sonhos grandiosos, que assinou a ficha de filiação de um partido que também nascia naquele ano. Éramos revolucionários e desejávamos morrer cedo e na glória. Neste ano de 2010, 24 de maio, decorridos praticamente trinta anos, meu neto faz cinco anos, não morri cedo para minha frustração, vivo a agonia da morte lenta da pós-modernidade, e escrevi tantos poemas que não cabem mais em uma única pasta de elásticos, aliás não cabem mais em minha casa, correm o mundo para cima e para baixo, já viraram livros, alguns publicados, outros à espera paciente de sementes prontas para germinar no momento certo.

Na meia idade, não adquiri muita sabedoria, continuo a escrever versos. A poesia corre como tinta misturada a meu sangue, como já disse antes. Não tenho a saúde nem a altivez daquele jovem impetuoso, sou um dos cães de meu tempo, como disse Elias Canetti, guardião de algo que não compreendo completamente e nem todas as pessoas à minha volta a percebem com a importância que dou.

A poesia é a corrente que me ata ao chão do quintal de onde uivo para a lua.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

QUEM É DE AXÉ DIZ QUE É !

Passou, e muito,  da hora de quebrarmos as correntes psicológicas que nos prendem a um passado escravista no Brasil. Nos ensinaram a ter vergonha de nós mesmos, de ser o que somos, brasileiros de todas as origens, de todas. A história prova que ninguém tem piedade de quem está com a cabeça abaixada, não se ouve a voz de quem só murmura. 

As estatísticas já justificaram as teocracias e  os estados nacional-socialistas ou fascistas. Devemos dar um basta ao preconceito e a intolerância, disfarçada ou aberta, não é mais aceitável. 

Muito axé e paz para todos nós. 




http://cenbrasil.blogspot.com/2010/03/lancamento-da-campanha-quem-e-de-axe.html

sábado, 15 de maio de 2010

“Revista Biografia" nova publicação na Internet.

http://sociedadedospoetasamigos.blogspot.com/2010/05/edson-bueno-camargo-poeta-brasileiro.html



"Revista Biografia" - Ano I  -Bacia Amazônica - MT
 http://sociedadedospoetasamigos.blogspot.com/

Revista literária internacional  organizada e produzida pelo poeta e jornalista Daufen Bach.


"Quando o iniciei, minha intenção era divulgar meus amigos poetas e esse ainda é o objetivo principal, tanto que todos as pessoas lá publicadas, só estão porque enviam o material por e-mail, trocam informações e já mantenho contato a mais de um ano, enviando sempre e-mails com publicações minhas. Não colho autores, nem poemas na internet, esse não é o objetivo e, também não publico poemas daqueles que só enviam em resposta ao e-mail o endereço de blogs ou sites. - Daufen Bach."

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O que comemorar no dia 13 de maio?



"Lei 3.353 de 13 de Maio de 1888 Declara Extinta A Escravidão no Brasil".
A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Majestade o Imperador, o senhor D. Pedro II faz saber a todos os súditos do Império que a Assembléia Geral decretou e Ela sancionou a Lei seguinte:
Art 1º - É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil.
Art 2º - Revogam-se as disposições em contrário. 

O que comemorar no dia 13 de maio?


Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel extingue a escravidão no Brasil, último país independente do ocidente a erradicar a escravatura. (Não esqueçamos que nosso verdadeiro dia de luta é 20 de Novembro, Dia da Consciência Negra, dia de Zumbi dos Palmares.)


O que me incomoda mesmo é saber que passados 122 anos da assinatura da Lei Áurea, a escravidão ainda permanece no nosso inconsciente. A escravidão entrou na alma do brasileiro, e creio que nunca seremos de fato uma nação feliz e progressista, enquanto isto persistir. Nossas relações sociais estão eivadas disto. Fomos amaldiçoados pela diáspora e pelo genocídio africano, pois provavelmente trinta milhões foram mortos para chegarem onze milhões vivos nas Américas, em estimativas baseadas nos livros das famosas companhias, bisavós das multinacionais e conglomerados econômicos que na atualidade nos oprimem. Enquanto não se fizer justiça a esta aberração que políticos de direita e a mídia a serviço do capital tentam amenizar, que foi a escravidão africana no Brasil, nada se engrenará de fato neste chão, é preciso honrar os mortos, é preciso lavar as lágrimas, carece de parar olhar para o chão e se encarar de frente, sem o risco de morte pela polícia.

Não é raro abrirmos um jornal qualquer ou em uma entrevista na televisão, um empresário reclamar do custo da mão de obra, como se não fosse uma prerrogativa básica de um trabalhador receber um salário. O famoso Custo Brasil, nada mais é do que salário. A choradeira do empresário muitas vezes esconde um saudosismo escravista, e muito coincidentemente, a maioria de seus operários são negros ou mestiços, de negros e índios, ou pessoas socialmente desfavorecidas, pois em nosso país, é fácil ver a relação que existe entre pobreza e inferioridade étnica (todos pensamos assim em algum momento, e é hipócrita negar).

Não podemos esquecer que foi em nosso país que o engôdo da superioridade racial branca foi política de Estado, mesmo que bem disfarçada até 1945, que se tentou amenizar com a verdadeira constituição democrática e soberana que foi jogada no esgoto em 1964. O branqueamento da população promovido pelo império, as perseguições aos professores negros no Estado Novo, fora milhares de acontecimentos que ficaram fora dos livros de história, e precisaríamos de um livro agora para relatar. Não é a toa, que o geógrafo Milton Santos um homem celebrado no mundo, é um ilustre desconhecido em sua terra, por sua cor e suas idéias. Não é a toa que a mídia burguesa tenta desmerecer Paulo Freire e Leonardo Boff, pois as palavras destes dois velhinhos, um ainda vivo lembrem, e outro sempre vivo em nossos corações, afirmam que o responsável pela pobreza é o status quo imposto desde a colônia. A culpa da miséria é dos antigos senhores e não dos antigos escravos. Hoje a servidão no chão da fábrica é tão aviltante quanto antes, a violência e o assédio moral são os novos chicotes e pelourinhos, somos livres dentro da República, mas a falta de acesso a educação e a justiça, ainda feita e estruturada para os doutorzinhos e sinhôs, cria cidadãos de segunda e terceira classes.

E para dizer que não falei em poesia, vamos lembrar de Solano Trindade, poeta genial que além de estar na zona branca do ostracismo de quem detém as mídias de massa, não entra nas universidades nem pela porta dos fundos.

Poesia no dia de hoje, só se for Zumbi de punho cerrado, há 122 anos não nos deram nada, que de um jeito ou de outro não teríamos tomado à força.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

POETAS PARTICIPANTES NA INSTALAÇÃO POÉTICA: ENTRE O LIVRO E A LIBERDADE

OBRIGADO AOS POETAS PARTICIPANTES NA INSTALAÇÃO POÉTICA: ENTRE O LIVRO E A LIBERDADE

A.Pedro Ribeiro ( Portugal) ; Seydou Koné (Costa do Marfim ); Carlos Quiroga (Espanha); Rui Spranger ( Portugal); Mário de Oliveira (Portugal); Rosa Enríquez (Espanha); fabio freire ( Brasil); Ivny (Brasil); Nancy Winter-Miranda (Estados Unidos da América); Alberto Momán (Espanha ); Paulo Roberto Sodré (Brasil ); Thalita Covre (Brasil); Maria Amélia Dalvi (Brasil); Artur Alonso ( Espanha ); Maria do Rosário Pedreira (Portugal ) ; Concha Pelayo ( Espanha ); Raúl Campoy Guillén (Espanha ); R.Maluf (Brasil ); José Figueiredo (Portugal); wilbett oliveira (Brasil); Lino (Portugal); Aline Yasmin (Brasil); Helena Branco (Portugal); Luís Maças López ( Espanha ); Michel Sleiman (Brasil); Clara Henriques (Portugal); Vieira Calado (Portugal); Fernando de Castro Branco (Portugal); Saúl Otero (Espanha ); Lucía Delbene Azanza (Uruguai); Rui Tinoco (Portugal); Cristina F.S. (Portugal); Eduardo Baptista (Portugal); Ângelo Reis (Angola); Tiago Montenegro (Portugal); Saul Otero (Espanha); Pat (Portugal); Santos Jiménez (Espanha); J. Carlos Baeza Villarroel (Espanha); Belén Reyes (Espanha); Carmen Sigüenza (Espanha); Jesús Aguilar Marina (Espanha); Julio Luis Robisco Envid (Espanha); Manuel Jurado López (Espanha); Manuel Laespada (Espanha); Andrés García Cerdán (Espanha); Nunes Zarelleci (Portugal) ; Carmô Senna (Brasil); Diana Gomes da Silva (Portugal); Vítor Gil Cardeira (Portugal); Jorge Pimenta (Portugal); André Rei (Portugal); Maria Andresen (Portugal), Gabriela Krüger (Brasil); Silvana Sampaio (Brasil); Virginia Lucas (Uruguai ); Cruz Martínez (Espanha); rosanegra (Espanha); J. Alberte Corral Iglesias (Espanha); Aleta Vieira (Brasil); Laura Alberto (Portugal); tavico (Portugal); R.Brito (Portugal); Ester Abreu Vieira de Oliveira (Brasil); Isidro Iturat (Espanha); António Pirata Pinto (Portugal); Armando Ramalho (Portugal); Fernando Echevarría (Portugal); Alberto Jorge Bernardo (Portugal); Paulo Condessa (Portugal); René Higuera (México); Vítor Gil Cardeira (Portugal); Josefina Maller (Brasil); Ítalo Campos (Brasil); Beatriz Monjardim (Portugal); Ramiro Torres (Espanha); João Gesta (Portugal); Daniel Viana (Brasil); Higino Martins (Portugal); Ângela Carvalho (Portugal); Rui del Pino Fernandes (Portugal); Nuno Moura (Portugal); Nils Ferlin (Suécia); Daniel Maia Pinto Rodrigues (Portugal); valter hugo mãe (Portugal); Joaquim Castro Caldas (Portugal); Nuno Brito (Portugal); Tina Escaja (España/EEUU); Alexandra Malheiro (Portugal); Anónimo (Grécia); Roberto Soares (Brasil); Soaroir de Campos (Brasil); Luís da Mota Filipe (Portugal); João Pedro Mésseder (Portugal); Aurelino Costa (Portugal); Jorge Melícias (Portugal); antónio gonçalves (Portugal); Goulart Gomes (Brasil); Edward Guedes (Portugal); Gil Milheiro (Portugal); Adauto Suannes (Brasil); José João Sardinha (Portugal); Anthero Monteiro (Portugal); Eliana Mora (Brasil); Ivo Machado (Portugal); Eduardo Roseira (Portugal); Leda Maria Lucas (Brasil); Afranio do Amaral (Brasil); Paivi Mustonen (Finlândia); Fernando Magalhães (Portugal); Cynthia Carvalho Martins (Brasil); Marisa Resnitzky (Brasil); Renata Pereira Correia (Portugal); gabriela rocha martins (Portugal); Filipe Pinto da Silva (Portugal); Julião Bernardes (Portugal); Edson Bueno de Camargo (Brasil); Denise Pimentel (Portugal); Fernanda Hott (Brasil); Nolim (Espanha); Constança Lucas (Brasil); Luís Lima (Portugal); João Manuel Ribeiro (Portugal); Vera Roche (Irlanda); João Luís de Medeiros (USA); Joaquim Alves (Portugal); Jussara Midlej (Brasil); Fernanda Hott (Brasil); Catarina Nunes de Almeida (Portugal); José Luís Pinto (Portugal); Flávio Lopes da Silva (Portugal); Helena Carvalho (Portugal); Sara F Costa (Portugal); Gociante Patissa (Angola); Fernando A. (Portugal); Constantino Mendes Alves (Portugal); João Albino (Portugal); Luís Felício (Portugal); sermente (Portugal); Henrique Barroso (Portugal); Paulo Lemos (Portugal); Francisco Coimbra (Portugal); Elisabete Antunes (Portugal); Slavica Anisija (Sérvia); Ana Oliveira (Portugal); Sérgio O Sá (Portugal); Maria José Praça (Portugal); Corsino Fortes (Cabo Verde); José Gil (Portugal); Suzana Guimaraens (Portugal); Cláudia Moreira (Portugal); Carla Campos (Portugal); Alejandro Aura (Espanha); Filipa Leal (Portugal); Júlio Saraiva (Brasil); Jorge Vicente (Portugal); Ana Maria Roseira (Portugal); Miquel Martí i Pol (Espanha); Isaque Ferreira (Portugal); Jesús Losada (Espanha) Cláudio Portella (Brasil); jomaduol (Portugal); Fernando Nunes (Portugal); José Castro Lira (Portugal); Virgílio Alberto Vieira (Portugal); J. C. Jerónimo (Portugal); Sara Évora Ferreira ( Portugal); Céu Lima (Portugal); Manuel Rui (Angola); Rui Machado (Portugal); Ana Paula Tavares (Angola); América Miranda (Portugal); Fernando Pereira (Portugal); Francisco Vieira Nunes (Portugal); pedro marqués de armas (Cuba); Herculano Santos (Portugal); António Ramos Rosa (Portugal); Maria Sousa (Portugal); Sonata Paliulyte (Lituânia); Ivan Strpka (Eslováquia); Petr Borkovec (República Checa); Ruy Belo (Portugal); José Rui Teixeira (Portugal); Rui Agra Amorim (Portugal); Saúl Dias (Portugal); Agustín Sesé (Espanha); Bruno Pereira (Portugal); Walt Whitman (EUA); Luis Bravo (Uruguai); Guita Júnior (Moçambique); Rafael Cadenas (Venezuela); Juvenal (Portugal); Vicente Rodríguez Lázaro (Espanha); José Gil (Portugal); Andrés Cisneros de La Cruz (México); Luís Filipe Cristovão (Portugal); Lêdo Ivo (Brasil); José Coutinhas (Portugal); José Régio (Portugal); Jorge de Sena (Portugal); Anne Ventura (Brasil); Mariano Vaz Limo (Cabo Verde); Charles Roncari (França); Luigi Perin (Itália); Jaime Sabines (México); Álvaro de Campos (Portugal); Musslin Béatrice (França); Xavier Palomares (Espanha); Jorge Contreras Herrera (México); Pedro Tavares (Portugal); Jorge Velhote (Portugal); Marta Boaventura Pinto (Portugal); Helga Moreira (Portugal); João Borges (Portugal); Isabel de Sá (Portugal); J.V. Foix (Espanha); Paulo da Costa Domingos (Portugal); Eduarda Chiote (Portugal); Zé Carlos (Brasil); Ângela Maria Martineli (Brasil); Teresa Maia (Portugal); Francisco José Tenreiro (São Tomé e Príncipe); Manuela Margarido (São Tomé e Príncipe); Antônio Baticã Ferreira (Guiné); Vasco Cabral (Guiné); Filomena Embaló (Guiné); Arvis Viguls (Letónia); Pedro Correia (Portugal); Andrea Blanqué (Uruguai); Alberto Augusto Miranda (Portugal); Ángela Ramos Diaz (Espanha); Silvia Guerra (Uruguai); Artur Alonso (México); fernando martinho guimarães (Portugal); Paulo Campos dos Reis (Portugal); Isabel Rosas (Portugal); Crisódio T. Araújo (Timor Leste); Ricardo Gil Soeiro (Portugal); Alfonso Peña Raigosa (México); Miguel Ángel Alonso Diz (Espanha); Sandro Decottignies Cerqueira (Brasil); Jonás Vergara (Colômbia); Tomás Postiga (Portugal); Nicolás Guillén (Cuba); José Miguel de Oliveira (Portugal); Mia Couto (Moçambique); Gloria de Sant’anna (Moçambique); Luís Carlos Patraquim (Moçambique); Noémia de Sousa (Moçambique); Rui Nogar (Moçambique); Aura Gonçalves (Portugal); Tânia Pinto (Portugal); Osías Stutman (Argentina); Julio Cortázar (Argentina); Alejandra Pizarnik (Argentina); Schreck Mavter – Rattenkrieg (Portugal); Héctor Nuñez Molina (Espanha); Alberto Caeiro (Portugal); Bruno Neiva (Portugal); Tobias Burghardt (Alemanha); José fontes novas (Portugal); Pablo Neruda (Chile); Giannis Aggelakas (Grécia ); Mixáins Katoapós (Grécia); Laurinda Pinto (Portugal); Victor Hugo (França); João Rios (Portugal); Ana Deus;

Fonte: - http://silenciodagaveta.wordpress.com/2010/05/10/obrigado-aos-poetas-participantes-na-instalacao-entre-o-livro-e-a-liberdade/

domingo, 9 de maio de 2010

Os olhos da minha mãe - Poema do amigo poeta José Carlos Brandão.

Não considero muito importante esta data, não pelo o que ela é, mas no que a transformaram. No entanto tenho esta relação quase mágica com minha mãe, e sua cumplicidade com a minha poesia, mesmo sem entender direito muito do que faço. O José Carlos já disse tudo neste poema, por que eu vou re-inventar a roda?



Os olhos da minha mãe










Nasce uma flor nos chifres da vaca,
Uma fonte de leite puro muge no pasto.
O orvalho da aurora me purifica.
Brotam da memória um bezerro e um touro

Voando sobre as árvores da infância.
Onde o cavalo do meu pai? Onde
O grito retumbando como o trovão?
Os centauros celestes fazem chover

Pétalas do delírio e borboletas azuis.
Um peixe curioso espia das locas na água verde
Do ribeirão correndo no fundo do pomar.

O eterno dorme ao meu lado como um cão.
Minha mãe chega à porta com pássaros nos ombros
E me mostra a face de Deus nos olhos.



José Carlos Brandão.
http://www.poesiacronica.blogspot.com/
http://passaroimpossivel.blogspot.com/

IDENTIDADE

Não sou quem sou,
mas quem me invento.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Mafalda do Quino - Livro amigo.

Instalação poética “Entre o Livro e a Liberdade”, que aconteceu nos dias 23, 24 e 25 de Abril de 2010, no jardim da Avenida Júlio Graça em Vila do Conde - Portugal.

 Fotografia de Daniel Curval   - 
Colectivo Silêncio da Gaveta



Assunto: fotos
De: José Peixoto
Data: Thu, 6 May 2010 10:47:20
Para: Edson Bueno de Camargo

Com um abraço deste lado do mar envio mais três fotos. Uma delas da performance que decorreu no sábado 24 de abril pela tarde.

Tivemos também uma pequena feira do livro, com destaque para alguns livros de poetas que participaram com poemas na instalação uma ideia que queremos repetir e fazer crescer no próximo ano. Posso também revelar-te que no mesmo dia à noite, no Espectáculo do colectivo Silêncio da Gaveta, "Entre o Livro e a Liberdade" no auditório municipal, de Vila do Conde, foi projectado um vídeo com imagens do jardim e onde passaram todos os nomes dos poetas participantes.


um abraço na preguiça

José Peixoto
 
 
Pequena feira do livro.



Espectáculo do colectivo Silêncio da gaveta, "Entre o Livro e a Liberdade".


"Os poemas erguem-se do chão, como girassóis à procura do leitor."



quarta-feira, 5 de maio de 2010

Instalação poética “Entre o Livro e a Liberdade”, que aconteceu nos dias 23, 24 e 25 de Abril de 2010



Instalação poética “Entre o Livro e a Liberdade”, que aconteceu nos dias 23, 24 e 25 de Abril de 2010, no jardim da Avenida Júlio Graça em Vila do Conde - Portugal.
Nesta  instalação poética os poemas erguem-se do chão, como girassóis à procura do leitor.


A ideia simples e genuína nasceu a 21 de Março de 2009, Dia Mundial da Poesia, quando o Colectivo Silêncio da Gaveta, com o apoio da associação cultural Nuvem Voadora, instalou mais de 2000 poemas nas cerca de duzentas árvores dos jardins da Avenida Júlio Graça, na cidade de Vila do Conde (Portugal). Dado o contributo de imensos poetas, oriundos de diferentes países, foi possível traduzir em seiva e fruto o vôo do pássaro que acompanha todo o gérmen da Poesia.
 
a mão entre o livro e a liberdade

busca a mão dizer no húmus do verso o rosto
que lhe escapa
não elide os sinais  respira apressadamente
detonando a estranhez de pertença a uma boca
revolvendo-se        rasa              rouca
em fonte de cavalos que se erguem contra o peso
das metáforas

uma mão que cospe   que mastiga    que trespassa
a mão lêveda menstruando o silêncio de outras
arcas

a mão livro de pêlos e pele
só liberdade

a mão que dá terra à mão
e não se importa que outros bichos
se grudem nos poros da página


João Rios

 



Assunto: Fotos instalação poética
De: José Peixoto 
Para: Edson Bueno de Camargo
Data: Mon, 3 May 2010 21:41:13 
 
 
Agradeço a participação e envio algumas fotos da instalação poética
"Entre o Livro e a Liberdade" no jardim da Avenida Júlio Graça em 
Vila do Conde, onde foram plantados 3000 poemas, de poetas de mais 
de três dezenas de paises. 
 
Dentro em breve o nosso blog será actualizado com fotos, 
vídeos e outras informações: www.silenciodagaveta.wordpress.com
 
 
 
Um grande abraço na preguiça
José Peixoto

sábado, 1 de maio de 2010

QUINTA POÉTICA - CASA DAS ROSAS - Quinta-feira, 29 de abril de 2010





"recobrou o olho
e este tinha fome
a fome insaciável dos olhos

e o olho cobrou a fome
desde os tempos imemoriais da fome"
Edson Bueno de Camargo

 


Nesta Quinta Poética passamos um noite bastante agradável, com a participação dos poetas convidados, Celso de Alencar (curador), nos apresentando, Edson Bueno de Camargo (este blogueiro), José Geraldo Neres e Márcio Barbosacontando ainda com uma palhinha do poeta Hamilton Faria, e a brilhante participação especial do Quarteto Pererê, que nos encantou com um virtuosismo musical e sua profunda brasilidade. 




Quinta-feira, 29 de abril de 2010
Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos
Av. Paulista, 37 - São Paulo/SP




POEMAS CLASSIFICADOS - PRÊMIO LITERÁRIO CIDADE POESIA – 2009 - I Concurso Amigos do Livro / Flipoços 2010

POEMA CLASSIFICADO NO PRÊMIO LITERÁRIO CIDADE POESIA – 2009
(entre os selecionados para publicação)



deserto

Edson Bueno de Camargo

formigas carregam
o amarelo
que um dia
foi trazido pelo vento

observado bem de perto
o meio fio
é um deserto de pedras vermelhas
aridez de obstáculos ardentes
tudo é sólido granito

mesmo depois de nossa espécie extinta
as formigas carregarão
as flores caídas na rua


Poema vencedor do I Concurso Amigos do Livro / Flipoços 2010
(entre os quarenta selecionados para publicação)



tenho sapatos rotos

Edson Bueno de Camargo

Poema conversando com Leonard Cohen

riscados de pedra e ladeira abaixo
tenho sapatos de pedra branca
e a terra insalubre de minha infância
o saibro que se desfazia ao vento e a água
e da infâmia acústica de meus ouvidos

tenho os pés lavados de agora
na torneira da chegada
e asas de santo vagabundo de estrada

tenho a beatitude do agora
e o medo obscuro que nunca me chegue a morte

tenho asas dobradas dentro de sapatos rasos
rasgadas à seda de uma lágrima
calçados de caos e areia diluviana

antes a dúvida perturbadora
dos incensos e sírios nas igrejas
da fé não respondida
à certeza que carrego agora

POEMAS CLASSIFICADOS NO PRÊMIO LITERÁRIO CIDADE POESIA – 2009

POEMAS CLASSIFICADOS NO PRÊMIO LITERÁRIO CIDADE POESIA – 2009

http://www.asesbp.com.br/concursos/poemas_cidpoesia_result.html


Categoria Autor Bragantino:

Poesia: O trem
Autora: Vilma Mosconi de Revorêdo – Bragança Paulista – São Paulo

Categoria Geral:

1° lugar:
Poesia: Do Medo
Autora: Denise Tavares da Silva – Campinas – São Paulo
2° lugar:
Poesia: Lanternas de Pequim
Autor: Júlio César Correia da Silva- Rio de Janeiro – RJ
3° lugar:
Poesia: Manual para limpar minutos mofados
Autor: Sérgio Bernardo – Nova Friburgo – RJ

Menções Honrosas:
- Poesia: Especiaria
Autor: Marcus Vinicius Teixeira Quiroga Pereira - Rio de Janeiro
- Poesia: Jaçanã – 1963
autor: Eduardo Luiz de Laet Lapinha - Bragança Paulista – São Paulo
- Poesia: Das trajetórias do andarilho
autor: José Carlos da Silva – Itapevi – SP
Poesia: Ouvir as coisas
autor: Darcy Ribeiro da Cruz – Rio de Janeiro – RJ
Poesia: Meus pais
autora: Zelinda Rosa Scotti – Curitiba – Paraná
Poesia: Receita para o teu último jantar
autor: Éder Rodrigues – Belo Horizonte – MG
Poesia: O antes da primeira luz
autor: João Maria Henriques Negreiros – Ermesinde- Portugal

Autores classificados:
1- Poesia: estudo mineral para uma joia
Rodrigo Madeira Barbosa – Curitiba – Paraná
2- Poesia: Cemitério de elefantes
Autor: Benedito Costa Neto Filho – Curitiba- Paraná
3- Poesia: O que posso dizer de concreto
Autor: Fábio Cosme Neves Cortez- Rio de Janeiro- RJ
4- Poesia: Asas
Autor: Elias Araujo – Américo Brasiliense – SP
5- Poesia: quinta essência
Autora: Elisângela de Cássia Carvalho – Barra Mansa- RJ
6- Poesia: Eco
Autor: Luiz Roberto Pientra – Apiaí – SP
7- Poesia: A canção ferida
Autor: Marcos Antonio de Oliveira Ferreira – Recife – Pe
8- Poesia: Torpedo
Autora: Lourdes Mello dos Santos – Rio de Janeiro – RJ
9- Poesia: O carneiro
Autor: José Carlos Mendes Brandão – Bauru- SP
10- Poesia: Poemeto do pulo anfíbio
Autor: Leonardo de Oliveira Teixeira – Goiânia – Go
11- Poesia: Rotinas
Autor: Andreia Aparecida Silva Donadon Leal – Mariana –MG
12- Poesia: Talvez
Autor: Aníbal de Albuquerque – Varginha- MG
13- Poesia: O poço e o cavador
Autora: Tatiana Alves Soares Caldas – Rio de Janeiro – RJ
14- Poesia: Ave Mulheres
Autora: Ivana Maria França de Negri – Piracicaba-SP
15- Poesia: Em busca de um sonho
Autor: Gilmar Alves Rosa – Salvador –Ba

16- Poesia: Deserto
Autor: Edson Bueno de Camargo – Mauá – SP

17- Poesia: Palavras
Autor: Éolo Yberê Líbera – Belo Horizonte –MG
18- Poesia: Noite de tempestade
Autor: Augusto Sérgio Bastos – Rio de Janeiro-RJ
19- Como o fio da lâmina abre a ferida
Autor: Walther Moreira dos Santos – Vitória de Santo Antão- Pe
20- Poesia: A canção do povo
Autor: Elias Antunes – Taguatinga- DF
21- Poesia: Êxtase sem desculpas
Autora: Rosana Banharoli – Santo André – SP
22- Poesia: A parede
Autora: Mozileide Neri Barbosa – Rio de Janeiro-RJ
23- Poesia: Dialética
Autor: Carlos Eduardo Marcos Bonfá – Socorro – SP
24- Poesia: Final feliz
Autora: Roberta da Costa de Souza – Rio de Janeiro- RJ
25- Poesia: Bodega
Autor: Raimundo Candido Teixeira Filho – Cratéus – Ce
26- Poesia: Despedida
Autor: Rômulo César L. P. de Mello – Recife – Pe
27- Poesia: Anamorfose
Autora: Daniele Cristyne da Rosa – Curitiba- Pr
28- Poesia: Naquela noite
Autor: Douglas Massamitsu Yamakami – São Paulo- SP
29- Poesia: Valores
Autor: Mario Donizete Massari – Sertãozinho-SP
30- Poesia: Encantamento
Autor: Luiz Otávio Oliani – Rio de Janeiro – RJ
31- Poesia: É Natal
Autora: Adriana Ebert Cerato Germann – Novo Hamburgo – RS
32- Poesia: Do âmbar ao samba
Autor: Paulo Ferreira Diniz – Salvador – Ba
33- Poesia: Cordeiro de Abril
Autor: José Inácio Vieira de Melo – Jequié- Ba
34- Poesia: Perséfone
Autor: Camilo de Lélis Furlim – Porto Alegre – RS
35- Poesia: Ivituruí
Autor: Carlos Alberto Silva Innocencio – Bayeux – Paraíba
36- Poesia: Só existo
Autora: Valéria de Leoni Ramos Dutra – Rio de Janeiro – RJ
37- Poesia: Na fragilidade do sono
Autora: Terezinha Ofélia Nascimento Rennó – Itajubá – MG
38- Poesia: Trajeto
Autor: Rubens da Cunha – Joinville – SC
39- Poesia: Cadernos de Sol
Autora: Lúcia Regina Borges Ferreira – Rio de Janeiro – RJ
40- Poesia: Esfinge
Autor: Francisco Leandro Garcêz – Ilha da Madeira – Portugal
41- Poesia: Janelando
Autor: Octávio Egydio Roggiero Neto – São Paulo – SP
42- Poesia: Subjetiva
Autor: Biagio Pecorelli Filho – Jaboatão dos Guararapes- Pe


Vencedores do I Concurso Amigos do Livro / Flipoços 2010




Vencedores do I Concurso Amigos do Livro / Flipoços 2010


NOME DO AUTOR
NOME DA POESIA
CIDADE  /ESTADO

Airton Vieira de Souza
O Menino Centenário
Pacaraima
RO
Allan Pitz Ribeiro de Souza
Eterno
Rio de Janeiro
RJ
Ana Paula Lima de Moura
Quem sou eu
Embu
SP
Anderson Henrique de Souza
O prédio pisou-me as vistas
São Paulo
SP
Bernardo Menezes Vianna
Vai Acordar Não?
Jundiaí 
SP
Branco Di Fátima
Eu Signo
Minas Novas
MG
Carlindo Soares Ribeiro
A Rua
Campinas
SP
Carmen Dolores Malvar Barros
As Fotos
Belém
PA
Carolina Fernanda Montone Santos
Voraz
Campinas
SP
Cristóvam José Souza Henriques de Araújo
Canção na Madrugada
Rio de Janeiro
RJ
Daniele Souza Freitas
Colecionador de Lágrimas
Criciuma
SC
Edson Bueno de Camargo
Tenho Sapatos Rotos
Mauá
SP
Flavio Rubens Machado de Queiroz
Tempo
Cabo Frio
RJ
Gêisa Fernandes D`Oliveira
Silêncio
Niterói
RJ
Geneceuda Ferreira Monteiro
Inscrição para a Lápide da Primavera
C. Grande
PB
Geraldo Trombin
Visita Bibliotecal
Americana
SP
Gustavo Amador Gonçalves
Conto
Divino
MG
Ildázio Marques Tavares
Ode Estática
Salvador 
BA
Ivan Marinho de Barros Filho
Fragmento do Acaso
Recife
PE
João Paulo de Paula Silveira
De quando João Locomotiva Encontrou...
Inhumas
GO
João Pedro Coutinho Fagerlande
Maior
Rio de Janeiro
RJ
Jorge Haile dos Santos
Viagem Solitária
Salvador 
BA
Júlia Parreira Zuza Andrade
Libertas
Belo Horizonte
MG
Juliano Secolo
Deram-me um Corpo
Cianorte
PR
Karla de Oliveira Prado
Conto
Campinas 
SP
Katia Jeane Alves Mota
Maceió in Memória
Maceió
AL
Lucimar de Freitas Santiago
Tempo
Juiz de Fora
MG
Mara Rita Guimarães
Papel Bordado e Tinta
P. de Caldas
MG
Marcelo de Mattos Salgado
Única
São Paulo
SP
Marco Antônio Queiroz Silva
Paisagem com Mulher Nua ao Fundo
Atibaia
SP
Osvaldo Copertino Duarte
Saudade
Vilhena
RO
Paulo Frontin Pio dos Santos
Só Pra Mim
Dom Eliseu
PA
Ricardo Naia Rother
O Gato
São Paulo
SP
Ricardo Porto
O Mais Importante
Alvorada
RS
Robervânio Luciano
O Preço da Vida
Belo Jardim
PE
Rosana Banharoli
Momento Poético
Santo André
SP
Simone Alves e Costa
Avenida Paulista
São Paulo
SP
Therlandeson Gley Alves
A Máquina de Criar Avessos de Minha Avó
Santa Cruz 
RN
Valéria Aureo C. Souza Lima da Fonseca
Wordart
Rio de Janeiro
RJ
Vanessa Oliveira Juliani Regina
Antes de Partir
Alegrete
RS
Welington Decot Calcagno
Notívago
D. de Caxias
RJ