terça-feira, 17 de julho de 2012

Inscrições para novos cursos dentro da Escola Livre de Literatura





A Casa da Palavra abre inscrições para novos cursos dentro da Escola Livre de Literatura. Para maiores informações visite o blog: casadapalavrasa.blogspot.com.

Inscrições pelo telefone: 4992-7218 ou 4427-7701

• Kafka, Saramago e Trevisan - com Flávio Mello
Terças-feiras – das 19 h as 21 h
Início – 07 de agosto

• Panacéia Literária – com Vanessa Molnar e Rosana Banharoli
Quartas-feiras – das 19 h ás 21 h
Início – 01 de agosto

• O Olhar poético sobre o urbano - com Edson Bueno de Camargo
Quintas-feiras – das 19 h as 21 h
Início – 02 de agosto

• Círculo de Estudos Literários
Quintas-feiras – das 19 h as 21 h
Início – 02 de agosto



Local: Praça do Carmo, 171, Centro – Santo André, SP.
Contato: 4992-7218



quinta-feira, 12 de julho de 2012

Carta aos Capadócios - prosa poética




Carta aos Capadócios.


Uma vez ouvi, já não me recordo de quem, que cada pessoa é uma biblioteca pessoal e intransferível, que carrega informações sobre o seu tempo e os lugares que passou, mas também acredito que todos levamos como bagagem um fabulário próprio, além das experiência vividas, trazemos em nossa alma, as experiências não vividas, mas sonhadas.  Quantos de nós, não tem sempre uma história na ponta da língua, contada por nossas avós enquanto teimávamos em não dormir. Lembro as histórias de fantasmas e lobisomem de minha avó paterna, que esta cria com convicção e que por muitos anos, fizeram também parte de minha realidade.

Escrever um livro é uma forma sempre incompleta de tentar trazer esta biblioteca pessoal para fora, para o mundo exterior além de nossa mente. Mas é uma tarefa inglória, pois sempre estamos fazendo isto, escrevendo e escrevendo, em uma roda tão infindável como a roda da vida indiana. O verso sempre será incompetente, e necessitará de um novo verso, assim vamos compondo um hino infinito, uma ode a nossas memórias que falseiam, misturando alhos com bugalhos, mentindo desbragadamente  para preencher as lacunas que aparecem.

            Ao ler as páginas de Caio Evangelista, sinto como se tivesse ouvindo uma bela história, destas fábulas maravilhosas, que se contam ao redor das fogueiras desde o neolítico. Sinto que de uma certa forma o mundo imaginário é o lugar de experimentação de nossas angústias cotidianas, para enfrentar nossas “montanhas que andam”, necessitamos de um mago guia que nos conduza pelas incertezas da vida, para que não façamos um voo cego e inexato.

Ao mesmo tempo encontramos um jovem em plena vitalidade e inocência fazer a jornada do herói, de experimentar o êxtase e  ao mesmo tempo a dor. De encantar lobos e mulheres. De aprender que  a inocência é a moeda que se paga pela sabedoria. Que nossos aliados, também podem ser nossos inimigos, e que o maior adversário que podemos ter na vida, pode ser  nós mesmos.

Na narrativa a travessia do deserto está dentro de nossas almas e o elemento água está presente a todo tempo, as moedas simbólicas de ouro, as faces transcendentes destas moedas, os traços e linhas simbólicas que permeiam o texto. E ao mesmo tempo a magia simpática do contato com a natureza e as coisas prazerosas  como mangas maduras, banhos de rio (muitos banhos em um rio de nossas infâncias) e ouvir a natureza em seu íntimo. Ao mesmo tempo saber dos perigos que rondam o tempo todo o paraíso. Saber que tudo tem os dias contados, início e fim, e um eterno retorno ao ponto de origem.

O livro também é uma marcha para dentro de si mesmo, do encontrar suas raízes, suas origens, sua identidade, pois somos filhos de muitos pais e muitas mães, cada um que de forma generosa ou mesquinha contribuiu para sermos o que somos. Que as vezes é preciso buscar no estrangeiro, ou na Capadócia, as repostas que sempre trazíamos conosco.
 
Por fim me lembro do poeta Cláudio Willer falar que uma boa prosa tem de ter elementos de poesia e de poético, senão ficará seca e árida. Não falta poesia no texto de Caio, este muitas vezes mergulha direto na poesia, na linguagem cifrada dos bons poemas, que caminham sobre os signos e símbolos da palavra, trabalhar a ideia de que a poesia é uma coisa viva e criadora.

Mergulhemo-nos portanto nas palavras dos poetas cegos ao mundo, porque não podem ver mais que poesia, em cavalos mágicos e santos guerreiros, São Jorge de manto vermelho e sua lança fincada na cabeça do dragão e com a ponta no chão, a nos dizer que somos ligação do elemento céu e terra, que o humano é em seu intimo divino.



Edson Bueno de Camargo
Poeta, pedagogo, haikaista bissexto, fotógrafo empírico.

Mauá, 07/03/2012




Carta aos Capadócios - prosa poética (Lua, Céu, Terra e Mar) -  Caio Evangelista - RG Editores - São Paulo - SP - 2012


sábado, 7 de julho de 2012

Na minha cidade tem poetas, poetas,





É absolutamente incrível como o modo de se cantar uma canção pode nos influenciar em sua interpretação, é como se o cantor pudesse imprimir sua alma no canto. O som da voz humana dotado de harmonia, já foi acreditado como criador de universos, os deuses criadores, são descritos como de bela voz, ou virtuoses em seus instrumentos musicais. Tupã é o grande som primordial, Shiva com seu tambor e sua dança alucinada, e assim todas as culturas de uma certa forma tem no mito criador, o som.

Outro dia na Biblioteca Cecília Meireles, no encerramento do Projeto Literatura Viva em Mauá, ouvi o grupo musical Canto Livro, que interpretou diversas canções cujo eixo norteador era a literatura e principalmente a poesia. A primeira canção interpretada pela cantora Joana Garfunkel foi uma música que há muito tempo já a tinha ouvido, mas esquecido completamente, e o modo com que a cantora deu sua cor, despertou-me curiosidade,  de querer saber mais sobre aquela melodia, e em especial pela letra, que fala do ofício de poetar, com uma certa ironia.

Após uma pesquisa, descobri que a música original era do uruguaio, Leo Masliah e que a versão original era muito mais irônica, quer pela interpretação, ou mesmo com algumas palavras muito duras aos poetas. O tom é a galhofa, resumindo os poetas como uma classe de chatos, dos que vendem livros no vão livre do MASP, ou algo parecido que deve ter em Montevidéu. Quem nos salva é Milton Nascimento, que mesmo mantendo a letra de Masliah, dá um tom melodioso à canção, salvando os poetas de seus pecados, em uma suavidade e caminho ao sublime. Mais tarde Milton vai interpretar uma versão em português, de Carlos Sandroni, onde grande parte do escárnio de Masliah se dissolve, cria-se uma fina ironia, onde havia uma clara irritação.

O interessante é que mesmo Leo Masliah, mostra em sua letra uma íntima proximidade com o ato de escrever poesia,
 há momentos que soam como piada interna, que os poetas rirão mais do que os não afeitos aos processos do poema. Soa como se o autor de uma certa forma ria de si mesmo. Ser poeta é em si um contra-senso, uma criatura presa entre a inventividade humana que se materializou em tantas construções técnicas e uteis, e o poeta põe esta mesma inventividade à serviço do inútil e do incerto.  O poeta incomoda o prático, o pragmático e o racional, ou algo que funcione ou tente funcionar como tal.

Outra grande malandragem de Sandroni, é mudar a ordem de alguns versos, de tal forma com que o arranjo das palavras crie uma atmosfera menos irritante das posturas dos poetas, na versão original, os poetas incomodam, na versão em português há uma visão mais sublime que histriônica.

Em minha experiência de escrever poemas e tentar fazer com que as pessoas os leiam, passei por diversas fases, até chegar no momento impreciso que chamamos de maturidade, em que deixamos de crer no proselitismo em que todo crente fanático em alguma coisas por vezes se mete. Existem pessoas que parecem que esta maturidade ou sanidade nunca chega, paro às vezes para pensar se não são estes loucos e chatos, que insistem em ler seus versos em enterros, casamentos e em toda a oportunidade que eles acham ser conveniente.  A crença na certeza absoluta desveste o ridículo. E toda a cidade tem estes poetas. Alguns se dão bem, viram quase oficiosos, presentes em todas as manifestações.  Mas temo que quanto mais tendem à aparecer menos poéticos se tornam, e mais afastados da literatura e da arte ficam. Fico a imaginar se Masliah fala especificamente destes poetas, ou se para ele todos os poetas estão nesta categoria. Sendo o cantor e humorista uruguaio, uma espécie de Platão a expulsar todos os poetas da República. Ao meu turno, penso os humoristas como uma espécie de vigilantes do comportamento aberrante, sugerindo no fundo de suas piadas um certo conservadorismo, aplicadores de um fator punitivo contra aqueles que se comportam mal.

O que separará os conhecidos e importantes, os cânones, os esquecidos, será o tempo, e a possibilidade de sermos lidos. Sempre haverá um livro perdido no fundo de um sebo que despertará um novo poeta, que começará tudo de novo. Há inúmeras histórias para serem contadas e descobertas.

O certo é que ao longo da história das civilizações, sempre  aparecem poetas, contadores de histórias, cantores de arengas aos deuses e santos, perseguidos e mortos, ou carregados nos braços do povo, moradores das prisões ou dos palácios, com estátuas nas praças ou mendicantes nas pontas das feiras. Toda cidade tem seu ou seus poetas, quase sempre desacreditados ou evitados, ou não, sempre aparecendo nas casas nas horas da refeição, sempre com um livro pronto debaixo do braço, sempre dispostos a lerem seus poemas, querendo as pessoas ouvirem ou não.

O certo que mesmo o mais humilde dos poetas está eivado do sublime, carregam o sagrado das palavras. E uma canção, mesmo feita para escarnecê-los, será uma justa homenagem. O riso também dá conta do sublime.












Guardanapos de Papel
(tradução e versão  de Carlos Sandroni)


Na minha cidade tem poetas, poetas,
Que chegam sem tambores nem trombetas, trombetas,
E sempre aparecem quando menos aguardados, guardados, guardados,
Entre livros e sapatos, em baús empoeirados.
Saem de recônditos lugares no ares, nos ares,
Onde vivem com seus pares seus pares, seus pares,
Seus pares e convivem com fantasmas multicores, de cores, de cores,
Que te pintam as olheiras e te pedem que não chores
Suas ilusões são repartidas partidas, partidas,
Entre mortos e feridas, feridas, feridas,
Mas resistem com palavras, confundidas, fundidas, fundidas,
Ao seu triste passo lento pelas ruas e avenidas.

Não desejam glorias nem medalhas, medalhas, medalhas,

Se contentam com migalhas, migalhas
Migalhas de canções e brincadeiras com seus versos dispersos, dispersos,
Obcecados pela busca de tesouros submersos.
Fazem quatrocentos mil projetos, projetos, projetos,
Que jamais são alcançados cansados, cansados,
Nada disso importa enquanto eles escrevem, escrevem, escrevem,
O que sabem que não sabem e o que dizem que não devem.
Andam pelas ruas os poetas, poetas, poetas,
Como se fossem cometas, cometas, cometas,
Num estranho céu de estrelas idiotas e outras, e outras,
Cujo brilho sem barulho veste suas caldas tortas.

Na minha cidade tem canetas, canetas, canetas,

Esvaindo-se em milhares, milhares,
Milhares de palavras retorcidas e confusas, confusas, confusas,
Em delgados guardanapos, feito moscas inconclusas.
Andam pelas ruas escrevendo e vendo, e vendo,
Que eles vêm nos vão dizendo, dizendo,
E sendo eles poetas de verdade enquanto espiam e piram, e piram,
Não se cansam de falar do que eles juram que não viram.
Olham para o céu esses poetas, poetas, poetas,
Como se fossem lunetas, lunetas, lunáticas,
Lançadas ao espaço e o mundo inteiro, inteiro, inteiro,
Fossem vendo pra depois voltar pro Rio de Janeiro.



Biromes Y Servilletas

(Leo Masliah)

En Montevideo hay poetas, poetas, poetas
Que si bombos ni trmpetas, trmpetas, trompetas
Van saliendo de recónditos altillos, altillos, Altillos
De paredes de silencios, de redonda con puntillo

Salen de agujeros mal tapados, tapados, tapados

Y proyectos no alcanzados, cansados, cansados
Que regresan fantasmas de colores, colores, colores
A pintarte las ojeras y pedirte que no llores

Tienen ilusiones compartidas, partidas, partidas

Pesadillas adheridas, heridas, heridas
Cañerias de palabras confundidas, fundidas, fundidas
A su triste paso lento por las calles y avenidas

No pretenden glorias ni laureles, laureles, laureles

Sólo pasan a papeles, papeles
Experiencias totalmente personales, zonales, zonales
Elementos muy parciales que juntados no son tales

Hablan de la aurora hasta, cansarse, cansarse

Si tener miedo a plagiarse, plagiarse, plagiarse
Nada de eso importa ya mientras escriban, escriban, Escriban
Su mania su locura su neurosis obsesiva

Andan por las calles los poetas, poetas, poetas

Como si fueran cometas, cometas, cometas
En un denso cielo de metal fundido, fundido, fundido
Impenetrable, desastroso, lamentable y aburrido

En Montevideo hay biromes, biromes, biromes

Desangradas en renglones, renglones, renglones
De palabras retorciéndose confusas, confusas, confusas
En delgadas servilletas, como alchólicas reclusas

Andan por las calles escribiendo, y viendo y viendo

Lo que vem lo van diciendo y siendo y siendo
Ellos poetas a la vez que se pasean, pasean, pasean
Van contando lo que vem y lo que no, lo fantesean

Miran para el cielo los poetas, poetas, poetas

Como si fueran saetas, saetas, saetas
Arrojadas al espacio que un rodeo, rodeo, rodeo
Hiciera regresar para clavarlas en Montevideo

terça-feira, 3 de julho de 2012

Impressões sobre CARNE – PATRIARCADO E CAPITALISMO - da Kiwi Companhia de Teatro






No dia 29 de junho de 2012 (uma sexta-feira), no  Centro de Formação de Professores Miguel Arraes, em Mauá/SP assisti a peça - CARNE – PATRIARCADO E CAPITALISMO - da Kiwi Companhia de Teatro à convite de uma das atrizes, Mônica Rodrigues. Conheci a Mônica em uma das oficinas da Escola Livre de Literatura, época em que ela ministrava  uma oficina em que misturávamos leitura e delírio.  Produzi muito naquele período, muitos poemas, escrevi  um livro de crônicas que se encontra engavetado, efetuado em forma de semanário, relatando aleatória e alegoricamente os acontecimentos presentes, acontecidos  e os não materiais das oficinas.

Na espera para entrar para assistir a peça, um certo deslocamento e uma sensação de hostilidade, a peça apesar de aberta ao público, estava sendo encenada em especial para as formandas em um curso de PLPs, Promotoras Legais Populares, ligadas à Defensoria Pública, para trabalharem como mediadoras em caso de violência à mulher. O tema norteador da peça de teatro apresentada era exatamente a questão da violência contra a mulher  e suas implicações e interações com o sistema capitalista. Um auditório lotado de mulheres com todas as razões para terem desconfiança de homens, e eu um dos pouquíssimos homens a assistir a peça. Tive a sensação de que se o público entrasse em catarse, eu seria picado e devorado, mas felizmente isto não ocorreu, e a desconfiança original até que se transmutou em um certa simpatia, não muita, mas alguma. 

A apresentação já começa na forma como entramos na platéia, em muitos lugares objetos ditos do cotidiano feminino, escorredores de arroz, mamadeiras, escovas, tábuas de carne e uma infinidade de badulaques, devíamos conservar tais objetos em nossas mãos até o princípio dos trabalhos, que sem percebermos já estava acontecendo, com as atrizes interagindo com o público, solicitando os objetos, que iam sendo incorporados à cena inicial.  O tempo todo tudo ocorre dentro de uma metalinguagem explicita,  é impossível, em determinados momentos, não estarmos com os olhos em lágrimas, dado a crueza dos relatos, das imagens, dos textos. Uma impressão de engasgo e sufocamento  o tempo todo.

Acontece  uma interação com imagens projetadas em uma tela, símbolos semióticos, colagens de textos, imagens de guerra, vamos incorporando os personagens, as tragicomédias, os risos nervosos, os absurdos cometidos contra o gênero feminino, e que no entanto, nos são apresentados como normalidades. Lembro em certo momento de Brecht que em um poema nos alerta para desconfiar das coisas que se mostram imutáveis e consolidadas.

“Nada deve parecer impossível de mudar.”

Senti-me suavemente agredido, explico, a peça é uma imersão em nossos preconceitos pessoais e de como a violência contra a mulher está introjetada em nossa cultura. E portanto, também estou profundamente agradecido. Há momentos de profunda revolta e nojo, de como inserções comerciais são reprodutores da violência verbal e institucional contra a mulher. Feminicído, misoginia e outras coisas nos vem o tempo todo na mente. O texto é muito bem montado e percebe-se um fantástico trabalho de pesquisa, percebemos que apesar de vivermos doze anos avançados no século XXI, pesadas obrigações e preconceitos pesam sobre a mulher, e que apesar de muitos avanços, o capitalismo se apodera do patriarcado para repetir os mesmos conceitos do passado.

Tenho uma formação humanista, e até onde isto é possível, uma postura feminista, e mesmo assim tive a oportunidade de imergir em minhas raízes geracionais, e perceber o quanto somos criados e programados para repetir certos comportamentos, como certas “piadas” na verdade são alertas para aquelas que estão saindo do comportamento “adequado”.

Enfim,  devo falar do primor das atrizes, Fernanda Azevedo, Mônica Rodrigues, da equipe técnica, sonoplastia, ao realizar uma peça de teatro em um auditório bastante inadequado, sem deixar cair a peteca, com seriedade e profissionalismo, com muita interatividade envolvida, como por exemplo o fato da música Luciana Fernandes, introduzir elementos de percussão o tempo todo com um acerto impecável.

Como já disse antes, a apresentação se deu em um espaço público de minha cidade, para um público predominantemente feminino (PLP – Promotoras Legais Populares) e acostumadas a lidar com casos de violência contra a mulher diariamente. Havia uma certa animosidade contra os homens, mas até isto foi uma experiência interessante.  No bate bola pós-apresentação, um rico debate, onde até se criou um mal estar muito benéfico quando coloquei que a violência era também uma questão de cultura humana, e tive que explicar o aspecto semântico e teórico de minha colocação.  Gostaria muito de ver alguns amigos intelectuais e escritores, passar por esta experiência, valeria muito para suas carreiras e obras.  Sai da apresentação mais rico e sábio que entrei, sem dúvida. 






ATIVIDADES DO PROJETO
CARNE – PATRIARCADO E CAPITALISMO
Kiwi Companhia de Teatro/Cooperativa Paulista de Teatro

APRESENTAÇÃO DA PEÇA “CARNE” (seguida de debate) em Mauá 

A Kiwi Companhia de Teatro existe há 15 anos. Um dos objetivos do grupo é refletir sobre o teatro e a sociedade, abordando criticamente temas da atualidade.

Carne discute as relações entre patriarcado e capitalismo, mostrando o panorama da opressão de gênero e a situação específica da violência contra as mulheres no Brasil.
Neste trabalho cênico são utilizadas canções populares, imagens publicitárias, estatísticas sobre a violência contra as mulheres, trechos de romance, entre outros materiais.

Entre os anos de 2010 e 2012 o trabalho foi apresentado mais de 90 vezes em diversas regiões da cidade e do Estado de São Paulo com o apoio do Programa Municipal de Fomento ao Teatro e também no Estado do Pará, com apoio do Prêmio Myriam Muniz de circulação de espetáculos, sempre parceria com movimentos feministas e de mulheres e organizações sociais.


Duração: 1h20
Faixa etária: maiores de 14 anos

Direção: Fernando Kinas
Roteiro: Fernanda Azevedo e Fernando Kinas
Elenco: Fernanda Azevedo, Mônica Rodrigues
Direção musical: Eduardo Contrera
Execução musical: Luciana Fernandes
Assistência de direção e produção: Luiz Nunes

Agenda:

Mauá SP
Data e horário: 29 de junho de 2012 (sexta-feira), 19h
Local: Rua Rio Branco. 183, Centro de Formação de Professores Miguel Arraes, Mauá/SP

TODAS AS ATIVIDADES SÃO GRATUITAS.