terça-feira, 27 de novembro de 2012
Recital Caixa Preta:
CCSP e Editora Lumme convidam todos para o Recital Caixa Preta:
Local: CCSP - Praça Mário Chamie - Rua Vergueiro, 1000, Paraíso (SP)
Data: 12/12/12
Horário: 19:30 - 22:00 h —
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Café Filosófico - Mídias Literárias - Diadema.
Literatura e interfaces.
Em uma pesquisa bem rápida em
definições de dicionário para interface, encontrei uma definição que creio,
resuma o conceito: “Limite comum a dois sistemas ou duas unidades que permite
troca de informações.” a partir do que fiquei tentando imaginar como isto pode
se aplicar à literatura, mais que isso, o que podemos imaginar com isto se
aplicando às artes?
Em um primeiro momento, dentro da
atualidade, quase que imediatamente, remetemos o termo interface às ciências da
informática, por que é exatamente isto que um computador faz, classificar sistemas e agrupá-los. O que
não podemos esquecer é que nada se criou a partir dos computadores, pelo menos
até agora, o que vemos é a repetição e a otimização de conceitos já inventados.
O próprio hiperlink a grande vedete da Internet, já se fazia desde os
primórdios da escrita, quando um pesquisador consultava diversas fontes
escritas, quer em rolo de pergaminho, quer em livros, quer por um buscador na
Internet. Fazendo-se uma ressalva em relação ao livro que surgiu a partir do
desenvolvimento da imprensa de tipos móveis, que não inventou o conceito do
livro, mas o popularizou para além das expectativas que existiam até então, o
livro de um objeto raríssimo e caro, passou a ser mais popular e ao alcance de
mais pessoas, desconfio que de uma certa forma foi o grande alicerce da
consolidação do pensamento ocidental.
Outro grande avanço da Internet, o e-mail, nada mais é que a evolução do correio postal, de antiguidade tão grande quanto às bibliotecas, cuja maior evolução que sofreu foi no século XIX, com a invenção do selo postal, provocando uma revolução no processo. Pois bem, o correio postal também permite a comunicação à distancia com seu devido feed back, o que a mecanização eletrônica trouxe foi a velocidade e uma quase instantaneidade, o que permite a troca de informação em um custo muitíssimo reduzido. Hoje mantemos contato com pessoas em toda a lusofonia, se pensarmos na barreira linguística, a um click. A partir de que podemos resumir o princípio dos chats e serviços de mensagens, com a diferença que com o correio postal o hiato entre as conversas, pode mudar de um segundo, para um mês.
Talvez a grande revolução neste aspecto sejam as mídias sociais, que para o bem ou para o mal, permitem às pessoas trocarem ideias e informação sem sair de casa e principalmente, sem precisar entrar em contato físico com as outras pessoas. Se por um lado pode existir a crítica de que isto faz com que o individualismo se exacerbe, permite a escritores e artistas que mantenham contato, mesmo que à distância, que em outras condições não permitiria. Hoje posso ter leitores em qualquer parte do país e do mundo, que podem entrar em contato quando quiserem, que se pese críticas de uma vulgarização de literatura, onde todos podem se arvorar de escritores, por outro lado não há mais o isolamento geográfico de quem produz conteúdo, o que no passado impunha a quem quisesse ser conhecido o exílio nos grande centros, hoje podemos ser globais sem perder o contado físico com nossa aldeia. Ainda é muito cedo para se analisar o impacto que isto poderá ter sobre a arte e a literatura.
Não é muito difícil imaginar as
interfaces nas diversas artes e mesmo com
outras áreas, dado que as artes não são estanques em suas linguagens, não
existe uma linha do tempo nas artes em que estas não estão entrelaçadas: a
poesia romântica influenciou a música, mais soturna e pesada, que por sua vez
teve influência sobre a pintura, que influenciou a poesia e fez surgir o
romance, prosas longas e narrativas.
Nos anos 1960’ do século passado
houve uma grande aproximação dos poetas com a música popular brasileira, um
casamento que existe até hoje. Há todo um aspecto da música popular com letras
bastante elaboradas, além do que temos o rap, que tem sua origem nos guetos
urbanos das grande cidades e vem conquistando outros campos da mídia. E neste
caso especificamente, vemos na verdade um retorno, uma vez que música e poesia
no passado estavam juntas, através dos aedos do passado histórico, declamando
ao som de uma espécie de lira, que dava o ritmo às suas palavras, mais tarde
viriam os rapsodos, os bardos, os trovadores, até chegar na poesia ocidental
como conhecemos.
Outro aspecto que podemos abordar
é que a natureza do texto literário, de que segundo o poeta Cláudio Willer,
toda a escrita é intertextual, podemos dizer que a escrita, em especial a
poesia, faz interfaces entre os autores que nos influenciam no processo de
escrever. Os grandes descobridores desta possibilidade foram os surrealistas
que primeiro criaram um movimento e depois inventaram suas fundações, apontando
nos escritores anteriores suas influências, e mais, abusaram das intervenções
da literatura nas artes e vice versa. Novamente
nos anos 1960’ do século passado vamos encontrar vanguardas repedindo a grande
revolução nas artes que ocorreram na virada do século XIX para o XX, dadaísmo,
futurismo, e muitas outras, vão desembocar na arte efêmera, pop art, graffite, muitas
outras possibilidades que vão se desmembrando, e isto tudo antes da Internet.
Um grande exemplo desta arte é o surgimento em Nova York do movimento de arte
postal, a partir dos experimentos de Ray Johnson, poesia visual, gravura, e
todas as técnicas possíveis, se misturam a poesia e a uma poética urbana, e o
uso do correio postal para a troca de informações e obras, movimento que
persiste até hoje.
Uma questão fundamental, que não
podemos deixar escapar, é que uma ferramenta não exclui a outra, na contemporaneidade, podemos pegar o poeta
Márcio-André, carioca radicado na Europa, que faz uma arte performática,
utilizando-se de meios eletrônicos, instrumentos musicais, percussão e poesia,
ou instalações onde usa da Internet, como ferramenta para fazer performances à
distância, ao mesmo tempo que podemos encontrar cantadores matutos e sua poesia popular, cantada nas praças das
grandes cidades e nas feiras populares pelo país afora, onde cumprem seu papel
de trovador moderno ou bardo. Desta forma, podemos perceber que é possível
diversas formas de arte conviverem em harmonia, que a existência de uma
linguagem não exclui a possibilidade de outra existir. A contemporaneidade é o
hai-kai, forma poética medieval, ser transformado em vídeo poema, e a poesia
moderna ganhar os muros em forma de
graffiti, primeira manifestação artística da humanidade. A arte não se comporta
de forma binária e estática, muitas vezes as fronteiras são rompidas, os
cânones são frágeis, e enquanto muitos discutem quem é o mais preciso dos
especialistas, a arte acontece espontaneamente.
O e-mail não veio substituir a
carta postal, veio acrescentar mais uma possibilidade. Os blogs e mídias
sociais permitem a interação entre leitores e escritores, mais ainda, entre
escritores e escritores. Os meios eletrônicos, encurtaram distancias, mas jamais
substituirão a sensibilidade humana, o ímpeto que nos faz fazer arte, a
necessidade humana de interagir, o temos feito desde tempos imemoriais, e
desconfio que iremos fazê-los até nossa extinção.
Para fechar tudo o que foi colocado até agora, não podemos esquecer a maior de todas as interfaces, que é a leitura. A palavra escrita e sua interpretação é sem dúvida a maior de todas as invenções humanas, a que permitiu que ideias percorressem continentes, chegando a todos os lugares e permeando civilizações, permitindo trocas tecnológicas, e ao mesmo tempo, por exemplo, que pudéssemos ter contato com poetas chineses da dinastia Tang e nos deliciarmos com seus versos e tantas outras possibilidades.
Ficando como reflexão final, que a principal ferramenta do escritor, que permite o uso de todas as outras, é a leitura e a perfeita interpretação da língua.
Edson
Bueno de Camargo
Poeta,
pedagogo, haikaista bissexto, fotógrafo empírico.
Café Filosófico - Mídias Literárias - Diadema.
Dia 20/11/2012, terça, às 19h30
Local -
Biblioteca Olíria de Campos Barros
Av. Sete de Setembro, 470, Vila Conceição – Diadema – SP
tel.: 4055-9200Av. Sete de Setembro, 470, Vila Conceição – Diadema – SP
CEP 09912-010
sábado, 17 de novembro de 2012
Café Filosófico - Mídias Literárias - Diadema.
http://www.facebook.com/events/427259667328267/
Encontro para conversar e debater sobre temas importantes e contemporâneos.
Neste encontro vamos ter a presença de Edson Bueno de Camargo.
Neste encontro vamos ter a presença de Edson Bueno de Camargo.
Edson é escritor e tem feito muitos trabalhos integrando as artes.
O tema deste encontro será "Literatura e Interfaces"
Duvidas: 3426-1674
Dia 20/11/2012, terça, às 19h30
Local -
Biblioteca Olíria de Campos Barros
Av. Sete de Setembro, 470, Vila Conceição – Diadema – SP
Av. Sete de Setembro, 470, Vila Conceição – Diadema – SP
tel.: 4055-9200
CEP 09912-010
CEP 09912-010
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Café Filosófico em Diadema.
Estarei dia 20 participando de uma mesa no evento Café Filosófico em Diadema.
Encontro de reflexão organizado pelo Ponto de Cultura Mídias Literárias
Dia 20/11/2012, terça, às 19h30
Local -
Biblioteca Olíria de Campos Barros
Av. Sete de Setembro, 470, Vila Conceição – Diadema – SP
Av. Sete de Setembro, 470, Vila Conceição – Diadema – SP
tel.: 4055-9200
CEP 09912-010
e-mail: bbocb@diadema.sp.gov.br
CEP 09912-010
e-mail: bbocb@diadema.sp.gov.br
sábado, 10 de novembro de 2012
“1 ANO DE A POESIA DO BRASIL”
NESTE MÊS DE ANIVERSÁRIO:
TODOS OS POETAS
PUBLICADOS EM
“1 ANO DE A POESIA DO
BRASIL”
Carlos Drummond de Andrade
Castro Alves
Rodrigo Petrônio
Alberto da Cunha Melo
Carlos Pena Filho
Álvares de Azevedo
Alvarenga Peixoto
Florisvaldo Mattos
Thereza Cristina Motta
Raimundo Correa
Rubes Jardim
Botelho de Oliveira
Raquel Naveira
Antônio Brasileiro
Auta de Souza
Erilaine Perez
João Carlos Teixeira Gomes
Alphonsus de Guimaraens
Nívia Maria Vasconcellos
Orides Fontela
Francisca Júlia
Bernardo Souto
Marcelo Gama
Marly de Oliveira
Emiliano Perneta
Edson Bueno de Camargo
Lucila Nogueira
Sebastião da Rocha Pita
Emílio de Menezes
Luís Pimentel
Hilda Hiltz
Érico Nogueira
Guilherme de Almeida
Roseane Murray
Dante Milano
Machado de Assis
Damário Dacruz
Caldas Barbosa
Joaquim Cardoso
Raul de Leoni
Gonçalves Crespo
Fabrícia Miranda
Augusto dos Anjos
Henrique Wagner
Hélio Pellegrino
Marco Catalão
Afonso Felix de Souza
Juvenal Galeno
Ísis Moraes
Cecília Meireles
Olga Savary
Millôr Fernandes
Ildásio Tavares
Emilio Moura
Miguel Carneiro
Casimiro de Abreu
Maria Ester Maciel
Rommel Werneck
Sérgio Cohn
Tobias Barreto
Jorge Elias Neto
Mauro Mota
Gonçalves de Magalhães
Ângelo Monteiro
Mário Pederneiras
César Leal
Gilka Machado
Fagundes Varela
Vanessa Buffone
Roberval Pereyr
Clarissa Macedo
Leila Miccolis
Antônio Risério
Ariano Sussuna
Amadeu Amaral
H. Dubal
Odorico Tavares
Cláudia Barral
Raul Bopp
Alceu Wamosy
Bárbara Heleodora
Espcial 100 de “Eu” de Augusto os Anjos
Lúcia Fonseca
Teófilo Dias
Mário Faustino
Myriam Fraga
Luiz Delfino
Marize de Castro
Narciza Amália
Luis Guimarães Júnior
Salgado Maranhão
Menotti Del Picchia
Junqueira Freire
Sosígenes Costa
Adelmo Oliveira
Piligra
Ferreira Gullar
Gustavo Felicíssimo
Miguel Marvilha
Marina Colasanti
Bernardo Guimarães
Araújo Figueiredo
Ana Eliza Ribeiro
Zeferino Brasil
Reynaldo Valinho Alvarez
Glauco Mattoso
Mário de Lima
Mariel Reis
Luiz Gama
Antônio Carlos Secchin
Juo Bananére
Helena Parente
Guimarães Rosa
Gilberto Freyre
Pedro Calazans
Marcílio Medeiros
Hermes Fontes
Cacaso
José Albano
Péricles Eugênio da Silva Ramos
Alice Ruiz
Maciel Monteiro
Júlia Cortinês
Helena Ortiz
Ana Cristina César
Vânia Perciani
Cora Coralina
José Lino Grünewald
Claudio Manuel da Costa
Affonso Ávila
Adalgisa Nery
Jorge Tufic
Bandeira Tribuzi
Virginia Tamanini
Walter Ramos
Edir Pina Barros
Manoel de Barros
Dora Ribeiro
A POESIA DO BRASIL
Todo mês
três poetas brasileiros
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