segunda-feira, 27 de junho de 2011

Revista Germina

Palavra de Mar Becker a respeito da Revista Germina  de junho de 2011 - ano VIX - edição 37


http://deterdeondeseir.blogspot.com/2011/06/revista-germina.html

 

Revista Germina

Galera, está no ar a nova edição da Germina! Confiram, tem muita coisa boa por lá! O endereço é www.germinaliteratura.com.br.
Ah, de minha parte, a surpresa mais feliz do dia foi ter encontrado na revista os versos do poeta Edson Bueno de Camargo, que até então não conhecia! Coisa boa quando acontece de a gente tropeçar nessas belezas, não?
Beijo pra vocês!



Mar Becker

quarta-feira, 22 de junho de 2011

REALENGO POETAS PEDEM PAZ

Caros,

Vivemos num momento em que a sociedade iluminista ( aqui uma referência e um cinismo) perde sua maior conquista: o controle e a racionalidade sobre as emoções - e também a decadência e o inicio de uma crise nas instituições humanas e seus simbolos. Nota-se isto, por exemplo, no crescimento da violência em nosso país e mundo, e vindo disto a discussão dos valores humanos e a busca por uma solução. Neste momento de grande violência vozes e mais vozes levantam-se na poeira pedindo Paz! Paz pedida aos governos e seus representantes, paz pedida às familias, Paz gritante e clamorosa, paz supliciada e vinda da dor de muitos. Recentemente, vivenciamos - ou, assistimos -, ao massacre ocorrido numa escola municipal do estado do Rio de Janeiro, no bairro de Realengo. A dor vista, a dor sentida, a dor sufocante, levou a muitas vozes se unirem e pedirem paz vinda da dor humana sentida diante da bárbarie feita por aquele jovem, outra vitima e por sua vez um assassino. Desta dor compartilhada surgiu o projeto REALENGO POETAS PEDEM PAZ, uma antologia criada em homenagem às vitmas e suas familias. O projeto feito em parceria com o site Germina e o escritor Mariel Reis convocou poetas no Brasil e no Mundo para darem suas vozes em favor da Paz. Recebemos mais de 50 poemas, em sua maioria do Brasil, e outros do Japão e Portugal, o que nos deixou felizes e reflexivos  de que a empatia é um sentimento que leva a uma ação, de fato, profundamente transformadora.  Este projeto hoje se realiza com a publicação no site Germina como uma edição extraordinária (o link segue abaixo).  Como autor do projeto, dedico a antologia a meu filho Ângelo e minha mulher, - pois foi a lembrança deles, quando presenciei tal calamidade, a decidir por essa ação - e às familias do massacre de Realengo. A todos que recebem este email, peço que divulgue esta homenagem e se usem de suas vozes para pedir Paz.

Agradeço a todos que particparam e contribuiram para esta antologia, que ela possa gerar mais e mais ações semelhantes.


Um abraço em todos

Anderson Fonseca








junho de 2011 - ano VII - edição 37

arte, poesia & literatura | realengo: poetas pedem paz, 52 poetas, 60 poemas | 8 novos autores |  roberto piva: entrevista inédita na web  entre umas & outras mais


terça-feira, 21 de junho de 2011

Realengo: Poetas Pedem Paz


http://www.germinaliteratura.com.br/especialrealengo/realengo_capa.htm


No dia 7 de abril de 2011, às 8 horas da manhã, um jovem entrou na Escola Municipal Tasso da Silveira, armado com dois revólveres calibres 32 e 38, invadiu duas salas e fez dezenas de disparos contra os estudantes, matando 12 e ferindo outros 12. O jovem que cometeu o massacre chamava-se Wellington Menezes de Oliveira, tinha 23 anos e era ex-aluno da escola. Sua desculpa para entrar ali: daria uma palestra. Seu motivo real: vingança.

Foi uma manhã de terror para as crianças e uma dor inexpurgável para todos. Ninguém esquecerá.

Nesse dia eu me fiz a pergunta: "E se uma das vítimas daquele jovem fosse meu filho?". Às vezes, fico em silêncio pensando nisso e ainda hoje me lembro do rosto de uma das crianças — pois ajudei a socorrê-la —, o rosto dos seus pais, e o pavor que senti. Naquele dia chorei de medo, tristeza, desespero, e não parava de pensar no meu filho.

Ainda tenho esperança de que a sociedade, a partir de tragédias como essa, encontre um caminho para a paz. Por essa razão — invocar a paz — decidi, juntamente com o escritor Mariel Reis, organizar uma antologia de poesia, cujo tema fosse a paz, em homenagem às vítimas desse massacre, como uma manifestação solidária, ideia acolhida pelas escritoras Mariza Lourenço e Silvana Guimarães, editoras da Germina — Revista de Literatura e Arte. Assim, convocamos os poetas que desejassem participar, para que enviassem seus manifestos de crítica e reflexão sobre a paz e a tragédia. Recebemos diversos poemas, que aqui estão.

Não podemos ignorar o nome da escola, que faz referência a um poeta do modernismo, Tasso da Silveira, cuja poesia, fundamentada no encontro do espiritual pelo poema torna-se um dos caminhos de reflexão para esses tempos, uma reflexão sobre o ser humano.

É esta a reflexão da antologia: a paz pelo caminho da poesia, pelo caminho da arte.

Este livro é, portanto, dedicado às vítimas do massacre:





Ana Carolina Pacheco da Silva

Bianca Rocha Tavares

Géssica Guedes Pereira

Igor Moraes da Silva

Karine Lorraine Chagas de Oliveira

Larissa dos Santos Atanázio

Laryssa Silva Martins

Luiza Paula da Silveira Machado

Mariana Rocha de Souza

Milena dos Santos Nascimento

Rafael Pereira da Silva

Samira Pires Ribeiro





Dedicado, ainda, às suas famílias, a meu filho e à próxima geração — na qual deposito a esperança da redenção.



Anderson Fonseca.

Rio de Janeiro, 23 de abril de 2011.


Germina - Revista de literatura e arte.


Poemas de Edson Bueno de Camargo publicados na Germina - Revista de literatura e arte.

http://www.germinaliteratura.com.br/2011/edson_bueno_de_camargo.htm

Germina - junho de 2011 - ano VIX - edição 37

Publicação do poema "cabalísticos" na coluna "A genética da coisa" de José Aloise Bahia na Germina..

http://www.germinaliteratura.com.br/2011/ageneticadacoisa_edsonbuenodecamargo_jun11.htm


 
Genética: do grego genno γεννώ = fazer nascer

Aqui a questão não é simplesmente explicar. Muito além: fazer nascer, abrir um canal e tornar possível o exercício da liberdade para revelar o autor e sua obra. Dar voz a "algumas coisas" ocultas, sejam num poema, ficção, prosa, crônica, romance, ensaio, pintura, escultura, instalação, peça teatral, dança, filme, fotografia, música, etc. Da arte e texto mais simples ao mais sofisticado, com o comentário do seu criador, ampliar perspectivas e/ou dar pistas, confidenciar insights, para desvendar aquilo que parece indispensável até certo ponto. Principalmente, tratando-se de produções mais herméticas. Cada autor, com o seu ponto de vista, poderá iniciar a comunicação desejável com o leitor e estabelecer novas leituras, sentidos, significados e interpretações. A interlocução sempre foi necessária. Do mais simples ao mais sofisticado, um poema/um texto pode dizer muito mais do que o escrito pelo poeta. Ou percebido pelo leitor. Os e-mails dos responsáveis pela coluna estão à disposição dos interessados: josealoise@terra.com.br. Então, fique à vontade para enviar sua colaboração. [José Aloise Bahia & Rodrigo de Souza Leão]


sexta-feira, 17 de junho de 2011

hermético



O Trágico Dilema
Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro.”
Mário Quintana.

hermético
(francês hermétique)
adj.
1. Encimado por um hermes.
2. Completamente fechado (de modo que nem o ar possa entrar, nem o fumo ou vapor sair). = CERRADO, SELADO, VEDADO
3. Que é difícil de compreender. = INTRINCADO, OBSCURO ≠ INTELIGÍVEL
4. Relativo à alquimia.
(http://www.priberam.pt/dlpo/)



Fico profundamente irritado quando ouço falar que meus versos são herméticos, principalmente por pessoas que fizeram o uso desta palavra tão frequente, que esta se despregou de seu significado original. Então passa a ser hermético tudo aquilo que estas pessoas não entendem, no entanto muitas vezes a culpa não é dos versos, mas sim da falta de capacidade destas pessoas de compreendê-los.

Outra coisa que se graça é a mania de colocar que a literatura tem de ser perfeitamente compreensível, que a mensagem deve ser captada de imediato, sem nenhum esforço do interlocutor. Tenho por mim que isto é uma grande falácia, mais uma vez usada para disfarçar uma falta de capacidade de compreensão, ou pior que isto, de preguiça vernácula, onde o indivíduo se põe na defesa dos fracos e oprimidos que não compreenderão aquela poesia. Quando a pessoa, na verdade, fala de uma incapacidade própria.

Pois falo que a estas pessoas falta a sensibilidade exigida ao poema. Já ouvi que a pessoa que lê poemas também é um poeta, careço de saber a origem desta ideia, mas a endosso, é necessário um processo de reconstrução das sensações que o poema envolve, e que nem sempre são as do poeta, assim o leitor se apropria do texto como se o recriasse, tornando absolutamente desnecessário saber o significado original, já que na recriação, um novo poema original surge na mente do leitor. Já cansei de me surpreender com pessoas descobrindo coisas em meus poemas, que nunca me haviam passado pela cabeça, e que no entanto faziam o maior sentido. Sinto-me como veículo condutor da palavra, o leitor encontrou a sua realidade em meu poema, de forma justa e honesta se apropriou dele, tornou-o seu, o que para mim dá um sentido máximo de realização.

Existem sim textos que são necessárias a fácil compreensão e nitidez, contas de água e luz, extratos bancários, bulas de remédio, e nem sempre estes são assim de tão fácil entendimento, muitas pessoas penam para perceber que foram mais uma vez espoliadas e que todas aquelas taxas são uma verdadeira derrama.

Ao poema não cabe entendê-lo, e sim senti-lo, a estrutura de um bom poema é polissêmica e envolve elementos diversos, nem sempre decifráveis, mas que estão lá. Ora não é necessário ser músico para ouvir uma orquestra sinfônica, saber de cada instrumento, seu uso sua afinação, da composição do autor, dos arranjos do maestro, e da execução, no entanto qualquer pessoa de mínima sensibilidade ao belo, se deliciará com o resultado final da execução dos músicos. Não é necessário entender a música para gostar dela. O mesmo se dá com a poesia, devemos ouvir o conjunto harmônico, os resultados de todas as peças que se encaixam. Se o texto for auto explicativo, não é poesia, é prosa.

Coisa mais cansativa é um poeta explicando seu poema, não raro em apresentações, um sujeito vai fazer uma leitura e se desdobra em explicações infinitas sobre o texto a ser apresentado, tirando dos ouvintes o prazer de decifrá-lo, ou pior, cansando tanto a platéia com explicações, que o poema se perde. Para mim não existe nada mais ofensivo que pedir para explicar um poema, se isto se faz necessário, relembro Mário Quintana, um dos dois foi incompetente. Ou eu na confecção, ou a pessoa em questão na decifração de suas sensações.

Vivemos em uma sociedade onde tudo é imediato, prático, técnico, onde tudo deve ter função, explicação, se encaixar perfeitamente. Dentro deste contexto, um poema de difícil decifração tem um papel primordial, o de causar confusão nas mentes esterilizadas pela prática. Aos que só buscam respostas imediatas, sugiro que se afastem do poema.

Existe um conhecido meu, não sei mais se posso chamá-lo de amigo depois de certas mazelas, que é obcecado pela imagem do “corguinho”, por sua simplicidade e caráter bucólico, que aliás se apropriou do poeta Castelo Hanssen. Vejo aqui um grande equívoco, e uma grande injustiça com o “corguinho”, um pequeno riacho tem toda uma gama de complexidades, não é apenas uma figura geográfica perdida no tempo e no espaço, é sua fauna, sua flora, sua ecologia, sua história, lembrando José Marti, “Porque el arroyo de la sierra. Me complace mucho mas que el mar.” Pois afirmo que se devemos simplificar o poema para ele ser melhor compreendido, traímos quem nos lê. É menosprezar a capacidade do humano como ser contemplativo, que vê no “corguinho” também a sua história e as histórias que o envolvem, e não simplesmente um curso de água.

Por fim decifrando a palavra hermético, gosto mais da definição que são coisas relacionadas ao Deus Hermes, figura importante no panteão dos deuses pois possibilita a comunicação entre deuses e homens, ora, o poeta pode ter muito bem esta função, de comunicar-se com o sagrado através do poema. Outra definição que me apraz, é a de ser relativo à alquimia, onde empresto a voz de outro poeta magnífico, Rimbaud, que nos diz que no poema e na palavra executamos a transmutação, onde se dá a principal função da alquimia, não a ordinária capacidade de transformar chumbo em ouro, mas de transformar a palavra em nobre metal, que tine, e no processo transmuta o próprio poeta em algo mais nobre.

A poesia sobrevive à sua própria decifração.


terça-feira, 14 de junho de 2011

11° Sarau Caiçara - Aquário Municipal de Santos





Celebrando o aniversário do Aquário Municipal de Santos, o 11° Sarau Caiçara convida o público a comemorar com muita música, literatura, dança, teatro e improvisação.

A edição contará com lançamento de livros e revistas, como os do selo editorial Sereia Ca(n)tadora, Edições Caiçaras e Revista Babel - que recentemente ganhou um prêmio importantíssimo de fomento, além de Regina Alonso Com "Circularidades", Maria José Goldschmidt - "Lua Rouxinol", Márcio Barreto - "Atro Coração", Madô Martins - "Avesso" e Flávio Viegas Amoreira que participa da antologia "Geração Zero Zero", Marcelo Ariel, Edson Bueno de Camargo e José Geraldo Neres.

A música terá a participação do grupo experimental Percutindo Mundos, Trio Kaanoa, Mantra Yoga, Tarso Ramos e Sidarta que além de sua composições improvisarão junto com o público e os bailarinos Célia Faustino, Jean Ferreira, Edvan Monteiro, Tatiana Pacheco, Jode Manzato, Flávia de Sá, Davi Soares e Fernanda Carvalho do Núcleo de Pesquisa do Movimento, Imaginário Coletivo de Arte e Cia Etra de Dança Contemporânea. O evento interage com as exposições fotográficas de Christina Amorim e Adriano Camolez.

Segundo Márcio Barreto, organizador do sarau "o Aquário de Santos faz parte de nosso imaginário e de nossas memórias, comemorar seu aniversário é celebrar um pouco de nossa identidade".



Histórico:

O Aquário Municipal de Santos, o mais antigo do país, é o parque mais procurado da cidade e o segundo mais visitado do Estado, com cerca de 500 mil visitantes por ano. Inaugurado em 2 de julho de 1945, o Aquário Municipal de Santos foi uma iniciativa do Prefeito Antonio Gomide Ribeiro dos Santos. Com 1.000 m2 de área e 50 tanques, foi o primeiro e maior aquário brasileiro. fonte: http://www.vivasantos.com.br/aquario/historia/main.htm




O "11° Sarau Caiçara" é uma realização do Instituto Ocanoa, Projeto Canoa e Aquário Municipal de Santos.

11° Saracu Caiçara
Aniversário do Aquario Municipal de Santos
02/07 das 15 as 17 hs
Av. Bartolomeu de Gusmão - Ponta da Praia
Santos /SP
Entrada Gratuita 
 
 
http://percutindomundos.blogspot.com/2011/06/11-sarau-caicara-aquario-municipal-de.html

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Rubens Jardim sobre o livro “cabalísticos”.

(Algumas palavras do poeta Rubens Jardim, como resposta a uma mensagem a qual trocamos no Facebook a respeito dele ter recebido um exemplar de meu livro, que lhe enviei anteriormente.)



"Recebi, e já li alguns poemas. Mas senti falta de uma dedicatória. Já pesquei versos excelentes: ("toda mulher é um vulcão domesticado/a guardar terremotos em seus zelos/ e perigosos orgasmos); "sabe que o fogo vive/na alma negra do carvão"; "respirei de novo o sal do primeiro mar"; "onde o velho jaguar pisa/ nasce o caminho"; "morrer é se vestir de terra"; "quando acordar e for embora/não esqueça de trancar a porta/ para que a rua não possa entrar neste quarto azul".

Edson, maravilhosos versos, imagens contundentes, profundas, reveladoras. Estou gostando muito. Fico feliz, muito feliz em poder dizer isso. Você sabe como é constrangedor não poder aplaudir, aprovar e se encantar. Mas em nome da poesia, temos que fazer isso algumas vezes. E é desagradável.

Receba, portanto, meus cumprimentos e agradecimentos por estar me proporcionando estes momentos de comunhão e de linguagem em alta definição.

Desculpe não ter avisado do recebimento do livro.

Abração fraterno e parabéns."

Rubens Jardim, 61 anos, jornalista e poeta. Integrou o movimento CATEQUESE POÉTICA, iniciado por Lindolf Bell em 1964, cujo lema era: o lugar do poeta é onde possa inquietar. O lugar do poema são todos os lugares..
http://www.rubensjardim.com/

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Diario do Grande ABC 06/06/2011 - Sete Cidades - página 2

Saiu uma nota sobre o livro "cabalísticos" Coleção Orpheu, na coluna Memória, caderno 7 Cidades página 2, do jornal Diário do Grande ABC.  Para mim um espaço muito importante, agradeço ao jornalista Ademir Medici, por sempre dar uma força aos escritores da região. O ABC paulista faz mais que automóveis, faz poesia também.