sábado, 5 de maio de 2012
67ª Leva - Diversos Afins
Um tempo da delicadeza se instaura nos versos de Edson Bueno de Camargo
Criar é estar diante de um espelho e
mirar detidamente nossos próprios mistérios. Mesmo o plano da
imaginação, gênese de um tudo, por vezes se defronta com aquilo que
podemos chamar de angústia da criação. A sensação é a de se estar diante
de um marco divisor de tempos: um da inquietação pelo algo a dizer; o
outro, da efetiva e consistente materialização do objeto pretendido. O
desafio inicial do autor parece ser o de atravessar precipícios sem se
deixar intimidar pelas profundezas contornadas. Em boa medida, a
obstinação serve de virtude ao criador, sobretudo porque instaura um
salutar estado de alerta em torno dos rumos a serem percorridos. E foi
pensando em questões como esta que travamos uma conversa com o escritor W. J. Solha,
cujo novo rebento literário, intitulado “Marco do Mundo”, pontua
precisamente as legiões de desafios que se agigantam diante da missão de
um autor. Entrecortando as expressões de agora, está o traço sensível
dos desenhos de Felipe Stefani, alvo preciso das reflexões de Hilton Valeriano. Em matéria de poesia, somos conduzidos pelos densos signos de Edson Bueno de Camargo, Elizabeth Hazin, Ronaldo Cagiano, Mar Becker e Wender Montenegro. No quadro Jogo de Cena, o ator Rafael Morais mergulha com propriedade no fascinante universo dos palhaços. O escritor Geraldo Lima nos convida à leitura do novo livro de minicontos de Anderson Fonseca. As linhas de Marcus Vinícius Rodrigues, Homero Gomes e Priscila Miraz tecem as tramas contistas dos Dedos de Prosa. O cinema argentino é, novamente, tema da devoção cinéfila de Larissa Mendes. No Gramofone, reproduzimos em alto e bom som alguns percursos sobre o primeiro disco solo de Gui Amabis. Através das trilhas da 67ª Leva, uma nova lavra de publicações se anuncia. Evoé, caro leitor!
Os Leveiros
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