segunda-feira, 13 de abril de 2009

A Cultura no Grande ABC.


Muito relevante as reportagens da semana passada veiculadas no Jornal Diário do Grande ABC a respeito das promessas de campanha na área da Cultura, o jornal está de parabéns pela iniciativa, que continue a cobrança. O primeiro sintoma perceptível nas reportagens é que quem fez os programas de governo não estava interado do que é e como funciona a Cultura de cada cidade. Percebe-se uma ausência total de discussões com os produtores culturais, que em muitos casos tem propostas de trabalho, que nunca serão ouvidas. É nítido que não se espera e ou não se quer a participação dos artistas da cidade no processo de produção e da educação não formal. Não é estranho ouvir quando se procura os setores de Cultura de qualquer de uma de nossas sete cidades, “é que eu não sou da cidade e não sei ainda o que esta acontecendo”, é claro que serão precisos quatro anos para que esta pessoa se ache. Teixeira Coelho nos afirma que sem a participação da sociedade civil não há Cultura.

Em nenhum momento fala-se de criação de um cadastro de produtores, de orientação à profissionalização dos mesmos, da intermediação em leis de incentivo à Cultura, é mais fácil chorar a falta de dinheiro, do que buscar onde ele está. Os partidos tem relações com deputados federais e estaduais, podemos conversar com eles fora da época da eleição (ou deveríamos). A Cultura é realizada por iluminados que muitas vezes só enxergam o seguimento do qual são oriundos, isto quando tem alguma relação com a Cultura. Infelizmente é comum cargos no setores de Cultura das cidade serem prêmios de consolação, barganhas políticas ou ainda castigo para pessoas que não são bem vindas em setores mais “importantes”. A estes “indesejáveis” muitas vezes, são atribuídas funções que nas mãos certas, seriam de grande valia para a cultura das Cidades.

Por último percebemos claramente que Cultura não tem a menor importância para nossos alcaides, tirando a retórica do discurso. A cultura não tem grande valor na barganha política, não traz votos expressivos, e é visto pelos setores de finanças como um dinheiro jogado fora. O que percebemos em tempo de “crise”, é uma tentativa, na socialização da miséria, que se concretizará, quando o Secretário de Mauá, pessoa que tenho muita estima, mas que se equivoca, ao falar de usar o dinheiro do FAC, que mal dá para o troco, e que deveria ir todo para os artistas, deveria ser usado na manutenção de próprios públicos. A cidade de Mauá é uma das poucas a ter uma lei de fomento, que embora seja pouco, pelo menos vai para os artistas. Corre se o risco do cobertor que não cobre nem os pés, ser tirado de nós.

Um comentário:

Giovani Iemini disse...

hei, edson, manda seu endereço com cep para eu te enviar um livro.
maobranca@gmail
[]s